
Quem alcançou o cume desse monte
não olha mais o seu árduo caminho,
mas logo vê a linha do horizonte,
contempla o passo rumo ao infinito.
Um brado ao vento, ou lágrima contida,
são poucos gestos, palavras sem voz
que se derramam nesse fim de tarde
em que o silêncio é terno companheiro.
E enquanto acende a chama da fogueira,
acende o lume das lembranças tantas
que o coração insiste em recordar.
Quem alcançou o cume desse monte
toma e tece a linha do horizonte,
faz sua tela à sombra do luar.
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