sexta-feira, 1 de maio de 2009

Tratando Deus como Deus




Houve um tempo que Deus, o soberano Senhor de todas as coisas, pela eternidade, separou para ser o tempo da fundação do mundo. Só o Senhor conhece este tempo, em que ponto da eternidade aconteceu a obra da Criação. Como Deus onisciente e todo-poderoso, Deus não têm opções ou alternativas para decidir o quê, como, onde, para quê, por quê ou quando – Ele é absoluto: tem propósitos estabelecidos e desígnios a serem cumpridos.
A sua vontade é impossível de ser frustrada. O Seu conselho é insondável. Sua mente é incompreensível. Ele não recebe conselhos. Não erra, é infalível. Seus caminhos são inescrutáveis, e incomparavelmente mais altos que os nossos, assim como os Seus pensamentos. Seu amor excede todo o entendimento, assim como a Sua paz. Suas misericórdias não têm fim. Sua fidelidade vai além das nuvens. Alguém assim é Único – incomparável, insubstituível, eternamente firme. É o verdadeiro Deus, digno de toda a glória, honra, louvor, majestade, poder e riquezas – mas não é assim que os homens tratam com Ele.
Temos a Palavra de Deus como nossa única regra de fé e prática – embora muitos desejem descaracterizá-la. A palavra de Deus tornou-se para muitos um instrumento de fácil manipulação. Para estes, ela só é palavra de Deus da boca pra fora, porque, nos seus corações, não intentam mais – se antes o desejaram – servir ao Deus vivo, mas servir-se dEle usando a Sua palavra.
Há quem despreze a Sua palavra e O tenha como o “gênio” que permanece no imaginário coletivo para satisfazer as vontades de cada um. Outros o têm como um Deus cruel e distante, que exige fidelidade e pureza e não se aproxima dos homens. Ainda há quem procure encobrir o Deus que se revela, com mistificações e espiritualizações que levam seguidores a veredas mentirosas.
Não é difícil encontrar quem fale de Deus, mas é muito difícil encontrar quem o conhece de verdade. Porque o conhecimento de Deus é vida, e vida eterna (João 17:3). Muitos que hoje falam de Deus não ouvem Deus falar com eles. Usam Sua palavra, mas não a têm como regra de fé e prática. Usam Seu nome para arrebanhar seguidores. Usam Seu louvor para emocionar multidões. Usam a fé nEle para obter vantagens.
Por isso, são inimigos da cruz de Cristo – a cruz os atrapalha, porque mostra que nada mais é necessário, somente crer. São blasfemadores do Seu nome – porque sua atitude de se colocar diante dos homens para falar e fazer em nome dele não glorifica ao Senhor. São usurpadores do que a Ele pertence, porque buscam atrair para si o que é devido somente a ele. Transformam-se em seguidores fiéis do inimigo das nossas almas - que já foi derrotado quando buscou o mesmo propósito – e caminham nas trevas como se estas fossem luz.
O Deus que fala e tudo se faz não sonha: realiza. Sonhar é ansiar por algo que pode-se ou não alcançar. Responda em seu coração: como o Deus onisciente pode ter sonhos, dúvidas, receios, confusão, indecisão, tropeços, fantasias? Tudo isto é próprio do coração do homem, mas não de Deus.
Aos olhos de muitos pode parecer simpático e agradável tentar ver a Deus como um homem, mas Ele, que se fez homem em Jesus Cristo, é o Eu Sou. Ele não se desvestirá da sua glória e da sua majestade para, “politicamente”, cativar os homens com uma imagem mais “moderna”. Porque isso seria mentira.
Porque Jesus Cristo é a imagem exata do Seu ser. Porque nEle reside toda a plenitude. Porque dEle e por ele e para Ele são todas as coisas. Porque ele falou e tudo se fez. Porque...

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