quarta-feira, 25 de março de 2009

Raiz dos tempos



Eu molhei os pés nas águas desse rio
e contemplei o céu, as nuvens, vento e sol,
as folhas que caem, o calor dos ninhos,
frutos que se colhem estendendo as mãos.

E me vi sentado na raiz dos tempos
em que o silêncio é parte da canção.
Passaram torrentes, vi nascerem flores,
contemplei amores, provei a razão.

Mais do que os olhos podem perceber,
o coração ressente e cria a fantasia.
Tudo que se vê só poderia ser
o ensaio do futuro, e o que então seria?

Duvidar dos olhos que re-viram sonhos
é negar, tristonho, que viu se encenar
o calor dos passos da vida, e o compasso
do fruto dos dias que fluem no ar.

Não negues aos olhos a voz do que sentes
para que não tentes esquecer o amor
com que amaste a dor de contemplar poentes
durante este dia em que a vida passou.

Um comentário:

  1. Amado Marco, gubliquei dois poemas teus no blog Poesia Evangélica. Já deveria tê-lo feito a um bom tempo, mas me 'enrolei' terrivelmente com a tonelada de arquivos aqui no meu computador, o que prejudicou meu trabalho.

    Enviei-lhe um e-mail, com um convite para um novo projeto.

    Deus lhe abençoe meu irmão!

    Um abraço fraterno do Sammis

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