terça-feira, 19 de outubro de 2010

O direito de nascer



Em comunidades evangélicas do orkut foi apresentado para discussão o tema do aborto. Foi ressaltada a necessidade da prevalência do que diz a Bíblia como palavra de Deus, em defesa da vida, sem se considerar ou se aprofundar em questões clínicas ou médicas, já que o ambiente de discussão é rápido, informal e leigo.
Entre outros motivos possíveis para o aborto, questionou-se a necessidade de praticar o aborto nos casos de estupro ou malformação congênita grave. Nossa legislação protege os direitos do nascituro – aquele que está no ventre da mãe sendo gerado. O recente destaque na mídia da cena em que os dedinhos de um feto, sendo operado, seguram os dedos do médico, é em si só uma evidência de interação com o meio ao qual cientificamente o nascituro não tinha ainda acesso. Assim, não parece que é à legislação que cabe determinar se um organismo vivo deve viver ou não. Se ele comprovadamente vive, sejam quais forem as condições de saúde, negar-lhe o direito a nascer – completar o ciclo da gestação e no tempo devido vir à luz – significaria simplesmente matá-lo.
Em favor do aborto, erguem-se vozes – notadamente as vozes das mães que rejeitam esta condição – indicando a vida e a saúde da gestante como valor a ser defendido em primeiro lugar, chegando a tomar como inquestionável o seu direito de decidir o que fazer com o seu corpo, mesmo que isto signifique dispor de uma vida à qual ela mesma, quase-mãe, propiciou a chance de vida.
Como cada caso é um caso, e estamos discutindo vida, não devemos contar só com nossa opinião ou com um ou outro entendimento que tivermos da própria palavra de Deus, porque senão estaremos dizendo que contamos apenas com nosso entendimento cristão, e que é possível que o Senhor esteja alheio a uma situação tão grave. Não se pode determinar que uma vida seja ceifada só porque em um dado momento não atendeu à expectativa humana de vida como o mundo compreende.
Pelo contrário: ou aceitamos como verdade, sem questionar, o que diz o Salmo 139 - que o Senhor conhece a nossa substância ainda informe -, e que Ele é que detém o poder e a soberania para determinar o que deve ou não deve acontecer em cada vida, ou escolhemos o caminho do mundo, que na maior parte dos casos considera apenas o custo-benefício das coisas (isto afirmo quanto aos casos de malformação congênita).
Quanto a casos de aborto por causa de estupro, prefiro contar, bem resumidamente, uma história verídica, mas não me lembro agora do nome. Sei do testemunho sobre um pastor, homem de Deus, que foi gerado desta maneira, e que foi usado pelo Senhor para conduzir muitos aos pés de Jesus.
Em todos os casos, não somos juízes, somos instrumentos de Deus e passíveis de simplesmente não saber o que fazer. Mas Deus sempre sabe, e caberá sempre a Deus ordenar as circunstâncias.
Ele é o Senhor, e estará sempre no comando de tudo que acontece e pode acontecer neste mundo, porque Ele olha, e vê, e conhece a vida, os intentos, o coração e a angústia de cada coração.
Ele não se alegra com a morte de ninguém, nem com a morte dos nascituros que não viram ainda a luz mas já têm o direito de conhecê-la. E preciosa é para Ele a morte dos Seus santos – porque a estes chamados de santos de Deus foi dado o direito à vida que tentam negar a quem o próprio Deus faz viver.

segunda-feira, 18 de outubro de 2010

Contentamento




Conheci saudade
Onde já não mais via
Nada que riscasse
Tudo que restou,
E a página virei,
Não quero mais de mim
Temor ou ansiedade.
A paz precisa ser
Mais do que conquistei,
E então vou perceber,
No fim de mais um dia,
Toda a alegria,
O gosto do amor.

sábado, 2 de outubro de 2010

Tempo de silêncio

Olá, gente que me escuta nestas linhas.
São 4 meses de silêncio neste blog, um silêncio bastante pensativo, entregue a atividades essenciais de recuperação da saúde, em vista da cirurgia, e um silêncio bastante criativo, pois vão mudando as visões do ontem e do hoje.
Aguardem novos textos, e também músicas. Logo logo a gente se lê.
Abraços.